quinta-feira, 27 de maio de 2010

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

coisas de Crítica ou Estética

"é jazz a seguir" que me vou estrear nestas andanças da escrita cibernética...

Muito inspirada pela minha filha, resolvi criar este espaço onde de quando em vez, tentarei estar presente com umas simples palavras, ou não...

Ou não, digo eu, pois escolhi precisamente para começar, publicar as "Simples" palavras nada simples de um autor que admiro bastante - Rainer Maria Rilke.

Em "Cartas a um Jovem Poeta" podemos encontrar várias temáticas, todas elas tratadas de uma forma muito clara, genuína e sempre sentida - simplesmente de arrebatar...



Rainer Maria Rilke
"Cartas a um Jovem Poeta"
Viareggio, perto de Pisa (Itália), 23 de Abril de 1903


- A propósito de «aqui deveriam estar rosas...» (essa obra de inigualável subtileza e forma) tem absoluta razão contra o autor do prefácio.

E aproveito para deixar aqui um pedido: leia o menos possível de coisas de crítica ou estética: ou são visões de «capela», fossilizadas e tornadas sem sentido no seu inanimado processo de endurecimento, ou hábeis jogos de palavras, nos quais hoje é esta perspectiva que conta e amanhã a contrária. As obras de arte são de uma solidão infinita e nada as pode abordar pior que a critica. Só o amor as pode apreender e preservar e ser justo com elas. – Dê sempre razão a si e aos seus sentimentos em relação a cada uma dessas discussões, recensões ou introduções; e, se não tiver mesmo razão, será então o desenrolar natural da sua vida interior que o irá levar, lenta e gradualmente através do tempo, a outras conclusões. Deixe as suas opiniões e juízos de valor tenham o seu próprio desenvolvimento, calmo e imperturbável, que, tal como todo o progresso, tem de vir do seu ser mais profundo que não pode ser forçado ou acelerado por coisa alguma. Deixar as coisas chegar ao seu termo natural e depois dar à luz. Deixar que toda a impressão e todo o germe de um sentimento amadureça por si só, no escuro, no indizível, inconsciente, no inalcançável para o nosso próprio entendimento, e esperar com profunda humildade e paciência pela hora em que chega uma nova claridade: só isto é viver de forma artística – tanto na compreensão como na criação.